sábado, 14 de fevereiro de 2009

Dia dos enamorados

O teu amor veio até ao meu coração e partiu feliz.
Depois regressou, mas, mais uma vez, foi-se embora.
Timidamente, pedi-lhe que ficasse, ao menos por algum tempo.
Ele sentou-se junto a mim
e esqueceu-se de partir.

-Vem ao pomar na Primavera.
Lá, teremos todas as belezas do mundo, o vinho, a luz...
-Sem ti, que posso eu fazer com tudo isso?
E, se estás comigo, para que preciso disso?



Vem.
Vou dizer-te, em segredo,
aonde leva esta dança.

Vê como as partículas do ar
e os grãos de areia do deserto
giram desnorteados.

Cada átomo,
feliz ou miserável,
gira apaixonado
em torno do sol.



3 poemas de Mawlana Jalal ad-Din Muhammad Rumi ou, simplesmente, Rumi,
poeta persa que viveu entre 1207 e 1273, época em que, fora da Europa, tudo girava à volta do sol...
e o Amor merecia já toda a poesia.

Rumi disse (ou apenas escreveu) que não era cristão, ou judeu, ou muçulmano, ou hindu, ou budista ou zen. Não era do Este nem do Oeste.
Pertencia aos que amam e são amados.


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