Somos diferentes como códigos de barras, somos tão iguais quanto cristais de neve.É pelo desejo de querer, de crer ser desejado e de querer fundir o corpo para sentir "a pequena morte" que abdico de ser diferente.
Sinto-me uma das zebras de Vasarely em voluptuosa e confusa fusão, só preto e branco, nenhuma e todas as cores. Não acabo nem começo, continuo em ti.
e depois...
depois do amor acabar - o desejo acaba como uma lâmpada fundida, está lá tudo exactamente como antes e não há luz - depois do desejo ser saciado queremos a diferença e a distância que ela exige. Sim, nós somos diferentes, muito diferentes. Sim, confundi desejo com amor. Amar e desejar são diferentes, sim. Talvez fosse melhor o contrário. Durante todas as pequenas mortes que vivemos tive a certeza que desejar e amar eram iguais para todo o sempre. Mas não.
Sim, nós somos diferentes, muito diferentes, por isso temo a chegada do dia em que olhe para ti e veja uma zebra igual às outras.
1 comentário:
Sinto-me desarmada por ser a zebra, de alguem que nos é tao proximo...
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